
Políticas públicas
Desenvolvimento e implantação de políticas públicas voltadas à diminuição de emissões de gases de efeito estufa nos grandes centros urbanos por meio da adoção de instrumentos regulatórios e econômicos, tais como, gestão de estacionamentos, sistema de rodízio de placas, restrições de acesso a automóveis em áreas próximas ao centro da cidade e até mesmo taxa de congestionamento[20]. Algumas cidades europeias como Londres, Berlin, Paris e Roma estão restringindo o uso de veículos em suas áreas centrais, não só pelo fator ambiental, mas também, pela falta de espaços, para transitarem e estacionarem, onde são disponibilizadas bicicletas para uso compartilhados, que além de serem ecologicamente correto o turista ou morador pode visualizar melhor as belezas das cidades. Algumas iniciativas relevantes identificadas em uma reportagem do periódico eletrônico EL PAÍS[21] , servem de exemplo, como o Plano de Mobilidade da cidade de Madri, válido até 2020, que envolve o aumento do preço de uso de parquímetros; limitação do tempo máximo de duas horas para cada carro estacionado; aumento das áreas para pedestres (25%); aumentos de faixas exclusivas para ônibus e prioridade aos mesmos em semáforos.
Da mesma fonte, citamos o imposto de congestionamento de Estocolmo, que consiste em um sistema de pedágios urbanos aplicado para tentar reduzir o congestionamento do trânsito e diminuir a poluição ambiental no centro da cidade e ainda; um esforço da prefeitura de Paris, que em dez anos (2001 – 2014), conseguiu tirar 75 hectares de terreno dos carros para destiná-los aos pedestres, bicicletas e meios de transporte ‘limpos’.
Melhorias no transporte público são fundamentais para desestimular o uso de automóveis. Um novo modelo de transporte urbano, com veículos sustentáveis, cativa os moradores a trocarem seus automóveis pelo transporte público. A medida, além de ajudar no custo da tarifa, também diminui em muito o aquecimento dos centros urbanos devido à redução de emissão de CO2 na atmosfera. A necessidade de controle governamental sobre essas emissões é tão importante quanto as intervenções arquitetônicas e urbanísticas que podem ser realizadas nas cidades. O desestímulo ao uso de transporte individual motorizado nas regiões metropolitanas do Brasil aparece na lista das principais medidas para atingir a meta de redução de emissões até 2030[22] .