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Definição
Várias pesquisas já constataram a existência de uma significativa diferença de temperatura entre as áreas urbanas e suburbanas de uma cidade e seus entornos rurais circundantes (ver Figura 2). Essa diferença, registrada durante o dia e a noite, que se apresenta significativamente mais elevada na região central e, dependendo da extensão territorial da cidade, pode ser maior ou menor, constitui o fenômeno climático denominada “Ilha de Calor Urbana”.
Figura 2 - Representação do perfil da ilha de calor urbana
Fonte: site da EPA - United States Environmental Protection Agency
Quanto aos primeiros registros desse fenômeno, citamos SANTOS, AMORIM & DERECZYNSKI (2017, apud MANLEY 1958), que em seu artigo falam da publicação de um estudo sobre o clima de Londres, realizado por Luke Howard em 1833, que revelou a existência de um excesso de calor artificial nas cidades. Os autores afirmaram que em 1960 Gordon Manley, climatologista inglês, considerado o mais experiente no clima da Grã-Bretanha[3], definiu essa diferença de temperatura como “Ilha de Calor Urbana”.
Segundo Anjos (2012), o fenômeno Ilha de Calor se manifesta de três formas diferenciadas, em função da sua gênese, magnitude e dinâmica temporais:
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a IC de superfície, que corresponde às superfícies urbanas mais quentes do que as superfícies rurais;
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a IC da atmosfera urbana inferior (Urban canopy layer), entre o nível do solo e o nível médio do topo dos edifícios;
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a IC da atmosfera urbana superior (Urban boundary layer), que se sobrepõe à anterior e se estende por vezes até à atmosfera livre. Trata-se da parte superior da camada limite, em que as características de temperatura, umidade, turbulência e composição da atmosfera são influenciadas pela presença da cidade.
Por diversos motivos, que serão apresentados neste site, ocorre uma forte concentração de calor nos centros urbanos, o que sugere a presença de uma ilha de ar quente formada nesses locais, ilustrada pela Figura 3.
Figura 3 - Representação da ilha de ar quente nos centros urbanos


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