Aquecimento global é definido como o aumento da temperatura média dos oceanos e da camada de ar próxima à superfície da Terra que, segundo os cientistas, além de ser provocado por causas naturais, também pode ocorrer como consequência de atividades antropogênicas.

 

As comprovadas alterações do clima em escala global têm sido bastante registradas nos últimos anos em alguns locais do mundo. Essas alterações são classificadas como Mudanças Climáticas e são caracterizadas pela ocorrência de temperatura extremas, em que invernos e verões são muito rigorosos, capazes de gerar consequências irreversíveis aos seres vivos.

 

Em junho de 2017, Shanghai registrou, pelo menos três vezes no mês, temperaturas maiores que 400C. As ondas de calor que atingiram a cidade nesse período afetaram a saúde da população causando problemas de insolação, o que forçou o governo a suspender a maioria dos trabalhos ao ar livre e a alertar idosos e crianças a evitarem atividades externas entre as 10h e 16h. Na ocasião, algumas comunidades residenciais abriram suas salas com ar condicionado ao público e voluntários se dispuseram a ajudar idosos ou moradores com deficiência, realizando e entregando compras aos mesmos. A China apresenta um sistema de alerta meteorológico de quatro níveis, com o vermelho representando o mais severo, seguido por laranja, amarelo e azul[16].

 

Torreón, Coahuila, acometidos pela intensa radiação solar à que estavam expostos e por temperaturas locais superiores a 400 (ver Figura 14). 

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Figura 14 - Semáforos derretidos no México

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Fonte: https://laopinion.com/2018/06/01/fotos-semaforos-derretidos-por-ola-de-calor-en-mexico/

 

Entre as diversas ações humanas capazes de promover o desequilíbrio da temperatura se destaca, principalmente, o aumento da intensidade de emissões de gases do efeito estufa na atmosfera. Apesar de não apresentar o maior potencial de aquecimento global, as emissões de CO2 são as mais preocupantes por conta da quantidade expressiva desse gás presente no planeta[17]. A Figura 15 mostra o potencial de aquecimento global dos gases do efeito estufa e a escala de ocorrência de cada um deles na atmosfera.

 

Durante a pesquisa foi possível verificar que os níveis de emissão de poluentes em grandes centros urbanos, principalmente dos gases de efeito estufa, gerados pela circulação intensa de automóveis, contribuem incisivamente para a alteração do microclima dessas regiões e consequentemente para a ocorrência do fenômeno ilhas de calor. A necessidade de controle governamental sobre essas emissões é tão importante quanto as intervenções arquitetônicas e urbanísticas que podem ser realizadas nas cidades.

 

 

Figura 15 - Gases do efeito estufa e potencial de aquecimento

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Fonte: Apostila do Curso de Gestão de Emissões Atmosféricas e GEE- Centro Paula Souza- 2017

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Como exemplo da relevância desses dados, citamos uma carta publicada em 16 de março de 2016 no site www.change.org, decorrente da união de 20 prefeitos de grandes cidades da Europa que realizaram um abaixo assinado elaborado para exigir providências da comissão Europeia quanto à poluição do ar gerada pelos automóveis. Nessa petição levanta-se que 79% das emissões mundiais de gases de efeito estufa ocorrem nas cidades e que o acordo de Paris depende das medidas aí tomadas para mitigação das emissões[18].

 

No que diz respeito à contextualização do tema deste trabalho com o fenômeno do aquecimento global, consideramos que a negligência na tomada de medidas mitigadoras das ilhas de calor urbanas, seria uma atitude extremamente nociva ao meio ambiente. As ICU estão presentes em diversas partes do mundo e os seus efeitos podem contribuir para a intensificação do fenômeno do aquecimento global.

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